Estamos diante de um dos maisinspirados, mais poéticos e mais instigantes livros de toda a Bíblia,consequentemente, um dos mais mal interpretados pelas pessoas. Quem de nós queem um momento de sofrimento, em um uma hora de tribulação não ouviu comoconsolo a seguinte frase: Jó sofreu mais do que você. Jó entra emnossa vida como o protótipo do sofredor, não é somente aquele que mais sofreu, mas aquele que sofreu calado. Aquele que passou pelas maiores aflições, recebeusobre si as piores mazelas que um ser humano pode suportar, e sem dizer sequerum ai, saiu ileso e sem traumas da sua medonha situação.
A pregação evangélica durante muitotempo martelou sobre o conceito que para nós, em nossas vidas como cristãos, devemosencarnar este modelo do homem sofredor, que sofre sem murmurar, que sofre e dizque não está sofrendo, que sofre e não blasfema, que sofre e pelo contrário,glorifica a Deus. Infelizmente, ainda hoje, existem muitos que analisam o livrode Jó por somente 3 ou 4 versículos e por eles e fundamentam seus conceitos. Um versículomuito apreciado é aquele que diz: Nu saí do ventre da minha mãe e nu paralá voltarei. O Senhor me deu, o Senhor me tirou. Bendito seja o nome doSenhor. Quando alguém diz isso em voz alta, após ter sofrido uma grande perda, todomundo diz amém, glória e aleluia e está encerrada qualquer questão sobreJó, sua história e seu sofrimento.
O outro versículo admirado por muitosno livro de Jó é aquele que a sua esposa lhe sugere uma eutanásia teológica: Amaldiçoao teu deus e morre. Os antigos pensavam que quem amaldiçoasse Deus morriafulminado no mesmo instante. Jó responde: Como louca tu falas. Por quereceberia eu de Deus o bem e não o mal? Ou seja, o princípio antigo de queo bem e o mal vêm de uma mesma fonte, isto é, de Deus. Também é um resquício dainterpretação errada do texto de I Sm 28, que diz que um espírito mal, da parte deDeus, assolava Saul. Naquela época, eles não conheciam os motivos de váriasdoenças da mente. Se fosse hoje diríamos que Saul sofreu de alguma forma dedepressão aguda. Esta exegese ultrapassada é a mesma que diz que o livro de Jóé um dos mais antigos da Bíblia. Mas este livro, depois de profundamenteexaminado pelos maiores teólogos, exegetas e hermeneutas de todo o mundo,revelou algumas realidades bastante contundentes:
1- O hebraico com que foi escrito olivro de Jó, não poderia ser da época de Moisés, com afirmam alguns. Trata-sede um hebraico bem mais recente, de um hebraico que já incorpora vogais, umtrabalho executado pelos rabinos chamados massoretas, a partir do século V a.C., enão somente consoantes, como eram escritos os livros mais antigos.
2- Uma outra pista é que a sua linguagemé muitíssima apurada. Não seria exequível para um escritor da idade do bronze possuirtamanha erudição. O autor do livro de Jó, devido a sua grandeza como escritor échamado por mitos de O Shakespeare da Bíblia, para outros, ele é simplesmente o maior escritor da humanidade. Eu sou um destes.
3- Os fatos são narrados tem comopano de fundo um tribunal, uma corte de julgamentos. Os termos sãoessencialmente jurídicos, coisas próprias de advogado, o que no primeiro século nemsequer se sonhava.
4- O livro vem responder a umapergunta que era comum às pessoas do sexto século, quando o povo se encontravaexilado e cativo na Babilônia. A pergunta era: Como é que nós, sendo povo deDeus, escolhido por Deus, chamados por Deus, estamos sofrendo? Por quesofremos? Por que Deus está permitindo que passemos por isso? Então o livro de Jó é uma tentativade responder esta pergunta milenar: Por que pessoas boas e inocentes servos deDeus sofrem? O livro de Jó a uma tentativa de resposta a esta questão: Por que o justosofre? Por causa disso, ele é um livro precioso para nós.
O livro de Jó se levanta contraalguns dogmas que se estabeleceram ao longo dos séculos. Dogmas tirados deconceitos de um Deus que era muito mais humano que divino. Dogmas estes tiradosde idéias preconcebidas que, por serem tão bem difundidas, se tornaraminquestionáveis. Elas são o que são e ninguém mais pode pensar diferente. Nãopodem ser de forma alguma questionadas. Mas Jó vai questionar estes dogmasem sua época. Um deles é a idéia que associa qualquer tragédia ou qualquerinfortúnio de nossa vida com um pecado. Uma pessoa que tem seu dinheiroroubado, que tem a casa assaltada, que bate com o carro ou que atravessa ummomento difícil, é porque tem algum pecado.
Esta era uma idéia reinante tambémno tempo de Jesus. Ele foi questionado acerca de um cego de nascença: “Foiele quem pecou, ou foram seus pais?” “Nem ele nem seus pais, mas para a glóriade Deus”. Para outros ele diz: “O que é mais fácil dizer: Toma oteu leito e anda ou perdoados são os teus pecados? Para que vocês saibam que eutenho poder para perdoar pecados, toma o teu leito e anda”. É para discutiresses dogmas que o livro de Jó foi escrito. Para colocar no banco dos réus,para julgar, para condenar.
Esta era uma idéia reinante tambémno tempo de Jesus. Ele foi questionado acerca de um cego de nascença: “Foiele quem pecou, ou foram seus pais?” “Nem ele nem seus pais, mas para a glóriade Deus”. Para outros ele diz: “O que é mais fácil dizer: Toma oteu leito e anda ou perdoados são os teus pecados? Para que vocês saibam que eutenho poder para perdoar pecados, toma o teu leito e anda”. É para discutiresses dogmas que o livro de Jó foi escrito. Para colocar no banco dos réus,para julgar, para condenar.
Um problema que encontramos ao ler olivro de Jó, e que o torna extremamente difícil para a leitura, é que tem ochamado contexto remoto. O que é isso? O contexto imediato é quando você lêalgum versículo meio confuso e logo antes ou logo depois, tem um outro textoque a interpreta. Por exemplo: Não há Deus, a Bíblia fala isso 3 vezesno Salmo 10, 14 e 53, isso mesmo, não há Deus, mas imediatamente completa: dizo insensato em seu coração. Um versículo imediatamente dá sentido a umoutro. Mas no livro de Jó, por ter um contexto remoto, a palavra está na bocados “amigos” de Jó. E eles estão fazendo uma interpretação do sofrimento de Jóa sua maneira, de acordo com o que eles pensam. Não é uma interpretaçãoextraída da inspiração de Deus para nós, e sim uma interpretação absolutamentehumana acerca do sofrimento, e tem haver com o dogma do pecado oculto. É issoque temos que entender no livro de Jó:
1- As pessoas imaginam que Jó é oprotótipo do sofredor que sofre calado, mas ao contrário, em seu livro, ele é oúnico que grita, e grita bastante em relação ao seu sofrimento. Ele sofre, dizque está sofrendo. Não quer passar por aquele sofrimento. Questiona Deus pelo seusofrimento. Blasfema do dia do seu nascimento. É algo bastante terrível de seassistir.
2- Quando se tenta associar o livrode Jó a Jesus Cristo, dando lhe o aspecto soteriológico, isto é, associando-o asalvação em Cristo através do versículo: Eu sei que o meu redentor vive.Isto foi uma tradução de São Jerônimo, no século III, tentando associar aredenção do sofrimento de Jó, somente mais tarde, quando da morte de Cristo. Apalavra que aparece lá é Go’el, que neste caso significa defensor,vingador. Um termo jurídico para designar aquele que faria justiça e o vingariadiante daqueles que o estavam insultando. Jó não está esperando a vinda deCristo para ver o seu sofrimento acabado. Não, ele está dizendo que aquele queo vai defender está vivo, que vai se levantar no meio do tribunal e ele vaisair em breve deste seu estado de sofrimento.
Voltando ao texto de Jó 1,9, comesta nova visão, nós veremos que a pergunta de Satanás questiona os nossosvalores religiosos e a nossa relação com Deus. O que ele pergunta é o seguinte:Será que existe alguma pessoa na terra, será que existe alguém que por maisfiel que seja, será que existe alguém no nosso contexto religiosa que ame aDeus por nada? A pergunta é essa: Será que existe alguém que ame a Deus degraça? A pergunta é pertinente, porque hoje a religião virou mercantilista.Hoje a religião virou capitalista. É o toma lá da cá. Eu quero tomar posse. É areligião que se vem à igreja para se fazer uma troca com Deus. Eu venho, faço omeu dever e Deus me abençoa por isso. A pergunta de Satanás é a seguinte: Será que existe alguém que procure Deus seminteresses pessoais? Que procure a Deus pelo que ele é, e não pelo que ele faz?Será que existe alguém que entenda que nós devemos procurar a Deus pelo que eleé, pelo fato único de que ele é Deus, e mais nada?
É pelo de que ele éque nós descansamos na sua soberania, no seu poder, na sua graça. Será queexiste alguém que se sente no colo de Deus e tenha uma comunhão com ele só peloque Deus é e pronto? Sem exigir, sem pedir, sem fazer qualquer tipo detransação? Será que existe alguém ainda no planeta Terra que não sirva a Deuscom esta visão consumista? O consumo do divino. Por que hoje nós temos umaindústria de adoração, onde as pessoas adoram, adoram, adoram, e chegam aoestado de não ver mais sublimidade em Deus, e então começam a manipulá-lo, aencapsulá-lo. Será que ainda existe alguém que entenda a sabedoria de Deus queé maior do que tudo, e que só o fato de estarmos na sua presença, sem receberinteiramente nada, é o tudo que nós precisamos para a nossa vida? Será queexiste alguém que entenda que a maior bênção que encontramos no Evangelho é opróprio Deus? Será que há alguém vem à igreja com este intuito, com estavontade de servir a Deus por nada, ou não há ninguém? E o interessante é que apergunta está na boca de Satanás: Por ventura teme Jó a Deus debalde? Temepor nada?
É pelo de que ele éque nós descansamos na sua soberania, no seu poder, na sua graça. Será queexiste alguém que se sente no colo de Deus e tenha uma comunhão com ele só peloque Deus é e pronto? Sem exigir, sem pedir, sem fazer qualquer tipo detransação? Será que existe alguém ainda no planeta Terra que não sirva a Deuscom esta visão consumista? O consumo do divino. Por que hoje nós temos umaindústria de adoração, onde as pessoas adoram, adoram, adoram, e chegam aoestado de não ver mais sublimidade em Deus, e então começam a manipulá-lo, aencapsulá-lo. Será que ainda existe alguém que entenda a sabedoria de Deus queé maior do que tudo, e que só o fato de estarmos na sua presença, sem receberinteiramente nada, é o tudo que nós precisamos para a nossa vida? Será queexiste alguém que entenda que a maior bênção que encontramos no Evangelho é opróprio Deus? Será que há alguém vem à igreja com este intuito, com estavontade de servir a Deus por nada, ou não há ninguém? E o interessante é que apergunta está na boca de Satanás: Por ventura teme Jó a Deus debalde? Temepor nada?
Hoje estamos vivendo a época dachamada gula de Deus. Pessoas estão absorvendo Deus como mais um item deconsumo. Sem reconhecer nele a sua soberania, estão se utilizando apenas dealguns aspectos isolados das ações de Deus. Fazendo destas ações o parâmetro detoda a sua teologia, ou de todo os eu entendimento de Deus e da sua vontade.Estão consumindo Deus como um mingau quente, isto é, pelas beiradas. Sem irfundo no conhecimento de Deus, que é justamente o que pode nos afastar destamesmice, deste lugar comum, desta rotina, que faz com que frequentemos qualquerreunião, qualquer culto, qualquer forma de adoração, desde alguém diga que é emnome de Deus. Cultos estes, que mais servem para aplacar a consciências dosbodes, do que propriamente alimentar as ovelhas daquilo de que realmente elasnecessitam. Será que existe alguém que ame a Deus por nada? Esta é apergunta do livro de Jó, por isso ele é uma reavaliação do conceito de Deus.Uma reavaliação do nosso comportamento diante de Deus. Uma reavaliação da nossavisão religiosa. Uma reavaliação dos critérios entre nós e a nossa vida e Deuse a sua vontade.
Outro dogma combatido no livro de Jóé o da retribuição. O dogma que está fundamentado na seguinte idéia: Se vocêfaz, você recebe. Se você não faz, você não recebe. Se você for justo, Deus lheabençoa. Se você não for justo, Deus não lhe abençoa. Se você orar, Deus lheabençoa, se você deixar de orar, Deus não abençoa. Este é o dogma daretribuição, muito forte, tanto que na época de Jó já existia. Alguns amigos deJó chegam a ele dizendo assim: Se tu fosses justo não estarias passando poresta provação. Ou seja, se Jó fosse realmente homem de Deus, nada dissoestaria acontecendo, se está acontecendo, é porque Jó não é. Logo, a maldiçãose associa com esta idéia de retribuição. Idéia que é incansavelmente combatidano livro de Jó.
A visão que muitos tem com relação aoesforço é que é necessário se esforçar para ser. Mas a idéia bíblica eneotestamentária de esforço é diametralmente oposta. Nós nos esforçamosjustamente porque nós já somos. Ou seja, eu não oro para ser espiritual, eu oroporque já sou espiritual; eu não jejuo para ser abençoado, eu jejuo porque jásou abençoado; eu não me esforço para ter o amor de Deus, eu me esforço porquejá tenho o amor de Deus, e este amor me constrange a fazer qualquer esforço.
Esta é a grande diferença. Por que,quanto mais amor, mais serviço. Esta idéia de esforço tem que passar por umaredefinição. Porque nós estamos nos esforçando para ser, quando deveríamos nosesforçar porque já somos. Eu não estou dizendo, como dizem alguns pregadores,que não se precisa mais orar, ser justo, jejuar e vir à igreja. Não, pelocontrário, eu estou dizendo que tudo isso se fará em razão da lei do amor quehabita em nosso coração. E se fará pelo prazer e pela alegria de fazer, e nãopela obrigação de fazer. É aí que vamos entender que o amor de Deus é incondicional.Deus não nos ama pelo que nós somos ou fazemos. Deus nos ama pelo que ele é.Ele é um Deus de amor. E nada nessemundo ou em qualquer mundo pode fazer com que ele mude de caráter. Ele é umDeus de amor.
Mas existe ainda mais um outro dogmacombatido no livro de Jó. É o dogma da causa e efeito. Existe uma lei físicaque diz que a toda ação corresponde uma reação e a grande maioria das pessoastransfere para a sua vida pessoal esta lei dizendo: Qualquer efeito éproduzido por uma causa. Então se você tem algum problema na sua vida, éporque por trás disso existe uma causa. É aí que entram os chamados pecadosocultos, maldição hereditária e outros bichos mais. É aí que entram asinterrogações que as pessoas começam a abrigar em seus corações achando que nãoestão sob a graça de Deus, que existe uma força demoníaca arrastando-a para aperdição. Tudo isso, porque esta pessoa está passando por uma tribulação, poruma dificuldade em sua vida. Por esta forma de teologia ela é induzida a pensarque se ela está sofrendo, é por alguma causa que ela desconhece.
Existem pessoas também que quandonada dá certo, procuram em tudo quanto é lugar, nos mais obscuros rituais, nasmais estranhas formas de culto para saber por que aquilo está lhe acontecendo.Elas não dão tempo ao tempo. Não usam o momento para crescer na graça de Deus,esperar na sua soberania e entender que por trás de sua história está o TodoPoderoso. O efeito do dogma da causa e efeito é esmagador em nosso meio. Emvirtude dele as pessoas julgam tanto, as pessoas condenam tanto, as pessoasdiscriminam tanto. Existe tanta discriminação, tanto preconceito, tantospré-julgamentos em nosso meio em função do dogma da causa e efeito. O livro deJó combate eficazmente este dogma, porque este Jó a quem os amigos estavamcriticando, que eles estavam pensando que guardava algum pecado oculto, muitopelo contrário, era um homem justo, reto e temente a Deus. Quem dá estetestemunho é o próprio Deus, versículo oito: Observaste o meu servo Jó, nãohá ninguém na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus ese desvia do mal. Não era nada disso que estava acontecendo a Jó.
Ele não estava sofrendo por causa depecados ou maldições. Ele era um homem bom, justo e reto diante de Deus. Entãopessoas boas e inocentes também podem passar por sofrimentos e tribulaçõessabem por quê? Jesus disse: No mundo tereis aflições. A coqueluche hojeé de se dar testemunhos somente positivos. Eu estava no ônibus e todo mundofoi assaltado, menos eu. Aí todos dizem novamente glória a Deus e aleluia. Eu quero ver esta pessoa contar quandoos assaltantes assaltaram somente a ela e a mais ninguém. Isto ela não conta,sabem por quê? Porque nós não estamos acostumados a este tipo de visão detribulação, e é por isso não sabemos trabalhar a questão do sofrimento na nossavida. O que deveria ser uma alavanca para o nosso amadurecimento espiritual, torna-se um mal em si mesmo causado por um pecado que desconhecemos e que deve serreparado. Jesus já nos avisou há muito tempo: No mundo tereis aflições. Paulo completa a frase Jesus dizendo:gloriemo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isso, mas tambémgloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, ea perseverança a experiência, e a experiência a esperança e na esperança nósnão somos confundidos, porque o amor de Deus está derramado em nossos coraçõespelo Espírito Santo que nos foi dado”.
Termino, assim como o livro de Jódeveria terminar, falando da sua maior recompensa. Ao contrário de que pensamalguns, sua maior recompensa não foi receber tudo em dobro. Muitos pensamem suas visões triunfalistas que por serem fiéis receberão suas perdas em dobro. Não há este tipode promessa na Bíblia, mesmo porque, irmãos, não há riqueza que recompense um sofrimento nesta escala, e a chegada de um novo filho de forma alguma consola ador da perda de um outro. Logicamente que a maior vitória de Jó não foi ele receberem tudo em dobro. A maior vitória de Jó foi entender Deus para muito além de uma religião fria, deuma religião dogmática, supersticiosa e estranha ao próprio Deus. Somentequando entendermos Deus como Jó entendeu, é que podemos alcançar a nossa grandevitória na fé. Somente quando entendermos que Deus é soberano sobre todos osaspectos de nossa vida é que poderemos como Jó dizer: Ouvi muito falar de ti, que tu eras isso e querias aquilo, mas agora euposso te entender perfeitamente. Eu te conhecia só de falar, mas agora os meusolhos te veem.
1 comentários:
Seu texto foi muito bom,sua visão esta corretíssima.
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