Adoração ao bezerro de ouro de Nicolas Poussim |
A segunda observação a ser feita é que a Palavra de Deus é mais forte do que o braço do poder e nunca poderá ser aprisionada por ele. Jeroboão havia sido chamado por Deus para unificar o povo estava se dividindo pela tirania
de Roboão anunciada previamente como superior ainda a que seu pai Salomão exercera antes: Assim que, se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões (IRs 12,6). Em vez disso, Jeroboão foi tratar de garantir o governo naquela parte do país, mantendo sobre ele o seu poder. Temeroso que estava com as pessoas das tribos do norte que insistiam em descer a Jerusalém para adorar a Deus no templo, pensou: Se o meu povo reconhecer o templo de Jerusalém como o único local de adoração, acabarão por reconhecer o rei de lá como seu único rei. Por conta disso construiu no reino do norte dois altares de sacrifício, um em Dã e outro em Betel, em flagrante contradição à Palavra de Deus. Jeroboão tentou resolver um problema político apelando para uma artimanha religiosa, e quando se viu confrontado pela mensagem profética que condenava sumariamente esta atitude, pela força do seu poder, tentou impedir que a Palavra de Deus se cumprisse.
de Roboão anunciada previamente como superior ainda a que seu pai Salomão exercera antes: Assim que, se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões (IRs 12,6). Em vez disso, Jeroboão foi tratar de garantir o governo naquela parte do país, mantendo sobre ele o seu poder. Temeroso que estava com as pessoas das tribos do norte que insistiam em descer a Jerusalém para adorar a Deus no templo, pensou: Se o meu povo reconhecer o templo de Jerusalém como o único local de adoração, acabarão por reconhecer o rei de lá como seu único rei. Por conta disso construiu no reino do norte dois altares de sacrifício, um em Dã e outro em Betel, em flagrante contradição à Palavra de Deus. Jeroboão tentou resolver um problema político apelando para uma artimanha religiosa, e quando se viu confrontado pela mensagem profética que condenava sumariamente esta atitude, pela força do seu poder, tentou impedir que a Palavra de Deus se cumprisse.
É importante que se diga que o plano de Deus não se extinguiu ou mesmo fracassou com Jeroboão e com as tribos do norte, quando estas foram aniquiladas. Eles, assim como nós, estavam muito mais acostumados coma as profecias dos profetas locais, que eram exclusivamente de cunho pessoal, tais como: a reabilitação de um drogado, a restauração de uma família desfeita, a cura de uma doença até então incurável. Pregações que eram dirigidas contra os males restritos a pessoas ou pequenos grupos da comunidade. Não estou subestimando o menor desses sinais, pelo contrário, sei que eles fazem toda a diferença para quem foi agraciado. Havia um professor, que falava constantemente sobre estas curas milagrosas. Ele dizia sempre: Com quem foi curado não se discute. Nem tentem discutir, porque eles terão sempre os melhores argumentos. Mas quando o problema necessitava de uma transformação cósmica. Algo que realmente causasse um transtorno universal, aí, os profetas domésticos, assim como nós, nos calamos diante da nossa incapacidade. Mas os exemplos de como Deus age nessas macro estruturas está sempre diante de nós. Porque um só homem decidiu pagar o preço de poder fazer o tecido da sua própria roupa e cristalizar o seu próprio sal, a Índia foi liberta de um poder secular, que aos olhos humanos era impossível de ser vencido.
O que dizer então quando o braço do poder quando se confronta com a Palavra de Deus? O sinal da cinza derramada era um poderoso indício de que Deus não estava aceitando aquele sacrifício, que ele não somente seria em vão, mas que estava contrariando a sua Palavra. Ao sinal inequívoco o rei recua, implorando ao profeta que exerça sua segunda atividade, a intercessão, e somente aí reconhece a missão do profeta, a veracidade da sua palavra e que Deus realmente o havia enviado. Nada disso é novidade para nós hoje em dia. Não são poucos os falsos profetas que há bem pouco tempo se tentava recorrer a artifícios religiosos, e que em grandes suas concentrações incitavam o povo a suplicar a Deus por milagres, proclamando a si e a sua igreja como canais únicos dessa bênção. Muitos deles hoje amargam a decepção das suas falsas profecias não cumpridas e sofrem a humilhação de ver expostas ao público as artimanhas fraudulentas que os seus ministérios tanto anunciaram.
Muito embora tenhamos a impressão de que esse tipo de profetismo esteja no auge deste tipo de ministério, seus profetas estão com os dias contados, pois o pior pecado, o da contradição flagrante à Palavra de Deus, já foi cometido. A sua queda é apenas uma questão de tempo. Mas enquanto não são descobertos continuam a fazer vítimas inocentes da sua gula por riquezas. Continuam a mercadejar a Palavra de Deus e continuam a fazer sacrifícios em outros altares. Mas aqui se detecta um novo problema. Quando um desses profetas é desmascarado, a maioria dos membros de sua igreja não fica convencida de que a solução dos seus problemas não está nos artifícios da religião, e continuam fiéis a esta palavra, acreditando piamente ser ela proferida por Deus. Infelizmente a sua revolta fica manifesta numa simples troca de um falso profeta por outro prestes também a ser desmascarado. E é aí que o povo é sacrificado no próprio altar de ajudou a construir.
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