Abertura do quinto selo de El Greco |
O que faz essa diferença na adoração cristã? O que faz o nosso culto distinto? Quais são as características que fazem a adoração ser aceitável a Deus e agradáveis a nós?
Primeiramente, a adoração a Deus tem que ser instruída e inspirada pelas Escrituras. É uma ilusão imaginar que somos
nós quem tomamos a iniciativa na adoração. Toda a adoração é uma resposta à ação de Deus. Foi ele quem nos amou primeiro. Foi ele quem mandou seu Filho unigênito para nos salvar. O texto bíblico lido nos mostra isso. Jesus disse para a mulher samaritana: São estes os que o Pai quer que o adorem. Por mais absurdo que possa parecer, é Deus quem dita as regras da adoração. É ele quem se revela a esse mundo tão injusto, nos dando o melhor de si. Mas parece que nós estamos em Atenas na época de Paulo. O nosso tipo de adoração é tão diversificado, eu diria, tão contraditório que parece que estamos adorando a um deus desconhecido. Isso mesmo, a falta do conhecimento de Deus faz com que inventemos práticas ridículas, sob o pretexto de estamos ligados em Deus de tal maneira nós, que é o Espírito que está nos conduzindo. Isso simplesmente faz com que ignoremos por completo o tipo de louvor que agrada a ele. Se ele é desconhecido, como vamos saber que tipo de adoração ele aceita? Eu não me sinto capaz de dizer exatamente tudo o que é agradável a Deus, mas, consultando a Bíblia eu posso muito bem dizer o que não lhe é agradável.
nós quem tomamos a iniciativa na adoração. Toda a adoração é uma resposta à ação de Deus. Foi ele quem nos amou primeiro. Foi ele quem mandou seu Filho unigênito para nos salvar. O texto bíblico lido nos mostra isso. Jesus disse para a mulher samaritana: São estes os que o Pai quer que o adorem. Por mais absurdo que possa parecer, é Deus quem dita as regras da adoração. É ele quem se revela a esse mundo tão injusto, nos dando o melhor de si. Mas parece que nós estamos em Atenas na época de Paulo. O nosso tipo de adoração é tão diversificado, eu diria, tão contraditório que parece que estamos adorando a um deus desconhecido. Isso mesmo, a falta do conhecimento de Deus faz com que inventemos práticas ridículas, sob o pretexto de estamos ligados em Deus de tal maneira nós, que é o Espírito que está nos conduzindo. Isso simplesmente faz com que ignoremos por completo o tipo de louvor que agrada a ele. Se ele é desconhecido, como vamos saber que tipo de adoração ele aceita? Eu não me sinto capaz de dizer exatamente tudo o que é agradável a Deus, mas, consultando a Bíblia eu posso muito bem dizer o que não lhe é agradável.
No Sermão da Montanha, Jesus faz críticas severas à adoração hipócrita fundamentada no paganismo, com suas orações compridas e repetições vãs. Faz também crítica à adoração que tem a finalidade de atrair a atenção para si. Isso é paganismo, os pagãos adoram assim. Outro tipo desaprovado é a adoração rotineira, aquela que a pessoa não está realmente empenhada. Jesus diz que o Deus em quem cremos, o Deus revelado nele, simplesmente não quer este tipo de adoração. Uma das primeiras exigências da oração que ele nos ensinou é que todos reconheçam que o seu Nome é santo. Jesus veio para nos mostrar quem é esse Deus. Ele é o Criador, nosso Pai, aquele que nos aceita como nós somos, e isso é muito importante. Isso determina o tipo de Deus em que cremos, determinando, da mesma forma, o tipo de adoração que é agradável a ele. Então por isso a nossa adoração tem que ser instruída e inspirada na sua Palavra.
Em segundo lugar, ou a segunda característica é que a adoração tem que ser oferecida pela igreja toda. Durante a Idade Média, e eu não me refiro à Igreja Católica porque ainda não havia acontecido a reforma, a adoração era um espetáculo teatral. O teatro era a igreja; o palco, o altar; os atores, seus sacerdotes; a língua, o latim. As pessoas na congregação eram apenas espectadores, assistindo passivamente o drama desempenhado por aqueles cujo altar era sua propriedade exclusiva. Mas alguns padres do baixo clero, das igrejas mais humildes da periferia, revoltaram-se contra aquela encenação e começaram a promover cultos, ou missas, como queiram, com a participação de toda a congregação. Isso foi o estopim para a reforma da igreja que viria mais tarde. Como nós devemos dar graças a Deus por aqueles anônimos, que mesmo antes de Lutero aceitaram essa verdade. Foi essa indignação que trouxe de volta a adoração ao nível do povo, que fez com que o que era dito no altar fosse entendido por todos, e que todos pudessem adorar com a mesma intensidade e sinceridade.
Infelizmente esse ranço ainda permanece na igreja. Para muitos o pastor ou o padre são pagos para fazer tudo o que a congregação deveria fazer. É claro, se o pastor não faz um sermão que agrade ou se o padre não consegue fazer uma missa animada, nós vamos procurar outra igreja. Está bem claro que ainda é assim que funciona. Se o pastor não toca violão e se não faz o povo sair do chão, ele não serve pra ser pastor aqui. Eles tem que fazer de tudo, enquanto a congregação assiste, escuta, nem sempre atentamente, alguns até dormem, interrompendo seu sono apenas na hora de voltar a cantar animadamente. Que diferença existe entre a missa medieval e os cultos atuais? Que diferença existe entre os atores antigos e os atuais? A adoração a Deus tem que ser muito mais do que a exibição individual dos dons de um pastor, padre, levita, ministro de louvor ou qualquer outro astro hollywoodiano que venha a ser inventado. Já é um grande erro teológico sentarmos um atrás do outro na igreja. A adoração tem que ser coletiva porque ela exige intimidade, exige envolvimento, exige aproximação. Resumindo, exige comunhão. (continua)
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