O amigo fiel não tem preço. Eco 6.15
Pois ele ama em todo tempo. Pv 17.17
Tornando deliciosa a vida Pv 15.17
O místico casamento entre Cristo e a igreja, David Foresees |
Jó nos ensina que mesmo sendo sincera, a amizade pode ser enganadora e nos arrastar para o mal. São as experiências boas e as dolorosas que nos ajudam a escolher a proceder com lucidez e desconfiança na escolha dos amigos.
É costume dizer que a amizade é como o vinho, que ganha com o envelhecimento: Vinho novo é como amigo novo, se envelhecer hás de bebê-lo com alegria. (Eco 9.10) Mas é importante também que a amizade se valha da reprimenda franca, pois é no temor e obediência a Deus que ela cresce e frutifica. O modelo perfeito de amizade é a amizade de Abraão, de Moisés e dos profetas com Deus. Ela mostra a verdadeira negação de si mesmo em favor do amigo, em que depositaram confiança e fidelidade, a despeito de todas as circunstâncias negativas.
Enviando seu Filho ao mundo, Deus mostrou-se amigo dos homens. O próprio Jesus o descreveu como aquele que se deixa molestar no meio da madrugada pelo amigo importuno. Mas foi ele quem deu a esta amizade um rosto. Foi através deste rosto que Deus amou o jovem rico, Zaqueu, a samaritana, a cananéia, o centurião e a todos nós. Foi esta amizade que quebrou as cadeias da morte, quando amou o filho da viúva de Naim dentro de um caixão e a Lázaro dentro de um túmulo. Jesus escolheu amigos para lhe serem mais íntimos, mas nem todos se mostraram tão amigos assim. Um o entregou aos sacerdotes, outro o negou, e quase todos o abandonaram.
A teologia do evangelho de João nos faz ver que Jesus superou todas essas mazelas humanas amando os seus amigos e amigas até a última hora e até as últimas consequências. Lavou-lhes os pés, mostrando-lhes o valor de uma amizade de serviço, confiou-lhes o seu rebanho, como contrapartida ao seu amor, e a ele, João, em particular, Jesus entregou sua mãe, como gesto de extrema confiança e apreço. Deixou para sua igreja mais do que exemplos de como seria uma aceitável e sincera amizade.
Os arranjos de um casamento em Israel incluíam a presença do “amigo no noivo”, que era encarregado de preparar o encontro do casal e servir de intermediário nas relações entre ambas as famílias. Na Bíblia são fartas as alusões de Deus como esposo de Israel. Ser seu amigo era o papel do profeta que canta a dolorosa infidelidade da esposa. É o papel de João Batista, preparando o caminho do Senhor. É o papel de Paulo, no complicado noivado entre Cristo e Igreja de Corinto. Mais tarde, Paulo vai compreender que na realidade é o esposo quem toma a iniciativa, que não somente a perdoa, como a cumula de todos os dons. Cristo assume, além do papel de noivo, o papel que antes cabia ao “amigo do noivo”: Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Ef 5.25 e 27
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